Líquen Escleroso (LE)

 Afecta a pele e as mucosas de várias partes do corpo.
Quando afeta os genitais e a região perianal, pode ser altamente debilitante devido à atrofia progressiva da pele, que pode levar a uma retração significativa dos tecidos, inclusive estreitando a abertura vaginal.

Sintomas
Se uma mulher notar áreas descoloridas, enrugadas ou manchadas, associadas a coceira, sensação de queimação ou irritação, se observar alterações na uretra ou se tiver relações sexuais dolorosas (dispareunia), é importante procurar atendimento médico para obter o diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado.

Causas
As causas exatas do Líquen Escleroso são desconhecidas, mas é provavelmente uma combinação de fatores, como um sistema imunológico hiperativo, composição genética, irritantes locais, ansiedade e depressão.
O LE não é contagioso e não é transmitido por contato sexual.

Diagnóstico
O diagnóstico é confirmado por meio de uma pequena biópsia com anestesia local no consultório.
É muito importante evitar atrasos no diagnóstico, pois o tratamento nas fases iniciais pode reduzir ou prevenir alterações anatômicas nessas mulheres.

Tratamento
Com o tratamento, os sintomas podem melhorar ou desaparecer. O tratamento para o LE depende da gravidade dos sintomas e da localização no corpo.
O tratamento pode ajudar a aliviar a coceira, melhorar a aparência da pele e reduzir o risco de cicatrizes e atrofias.
Mesmo com tratamento bem-sucedido, os sintomas podem retornar, mas sem tratamento, o LE progride para atrofia, sinéquias e estenose, resultando em dor durante as relações sexuais, dificuldades urinárias que afetam o sono, o descanso e o estado emocional das pacientes.

O tratamento de escolha para iniciar são os corticosteroides tópicos, como o Propionato de Clobetasol em creme 0,05%.
Em segunda linha, para pacientes resistentes ao Clobetasol, são prescritos inibidores de calcineurina, como o Tacrolimus 0,01%.
Manter a pele saudável com emolientes e hidratantes é altamente recomendado.
Para casos mais avançados, são recomendados tratamentos regenerativos e de última geração, como:

• Ácido Hialurônico
• Plasma Rico em Plaquetas (PRP)
• Laser ginecológico
• Debridamento de estruturas que perderam a anatomia normal.

O tratamento começa com laser na vagina. O laser estimula a regeneração de colágeno e neo-vascularização.
Isso resulta em maior elasticidade e lubrificação do canal vaginal.
Em seguida, é feita a aplicação de Ácido Hialurônico, que, por ser